domingo, 18 de agosto de 2013

"Sexta-feira da Ira" deixa mortos e feridos no Egito

Policiais egípcios oram durante funeral de militares mortos em confronto com manifestantes (Foto: Amr Nabil/AP)
 Manifestantes ficam feridos após confrontos com as forças de segurança egípcias nos arredores da Praça Ramses, no Cairo (Foto:  EFE/Khaled Elfiqi)
 
Em resposta à ofensiva policial contra partidários de Mohamed Morsi (presidente deposto em julho deste ano pelos militares), que resultou na morte de pelo menos 683 pessoas no Cairo na quarta-feira (14), a Coalizão Nacional de Defesa da Legitimidade, formada por grupos islamitas ligados a Morsi, convocou a "Sexta-feira da Ira", dia de protestos em todo país. 

Segundo a Irmandade Muçulmana, até o momento, cerca de 100 pessoas morreram em enfrentamentos no bairro de Ramsés, no centro do Cairo. Por enquanto, o Ministério da Saúde não confirmou o número de vítimas no país. Segundo fontes das forças de segurança do Egito, pelo menos 236 pessoas foram detidas, entre elas três estrangeiros - um afegão e dois sírios. 
Diante do anúncio da nova onda de manifestações, as Forças Armadas egípcias, que atualmente controlam o país, reforçaram logo pela manhã seu contingente e armamento em diversos pontos do centro da capital egípcia, principalmente nas imediações da Praça Tahrir e nas pontes sobre o Rio Nilo. Segundo pessoas que estão no local, todas as ruas que dão acesso à Praça Tahrir foram bloqueadas pelos militares, que, além dos reforços, também enviaram diversos carros blindados à região. Com a permissão das forças de segurança de usarem armas letais para reprimir tentativas de depredação de edifícios governamentais, espera-se uma nova onda de violência pelas ruas do Cairo.
Em comunicado, a Irmandade Muçulmana diz a seus seguidores que sua luta é um "dever islâmico, patriótico e moral".  "Apesar da perda de mártires e feridos, os crimes do regime golpista nos fazem insistir em nossa rejeição a este governo", afirma o texto.
A organização Tamarod, que iniciou os protestos que levaram à queda de Morsi, encorajou os cidadãos a formarem comitês populares para proteger as ruas e os templos religiosos. Em entrevista à televisão estatal, um dos dirigentes do grupo, Mahmoud Badr, afirmou que "há um grande perigo para o povo egípcio" e, por isso, encorajou os cidadãos saírem às ruas em comitês populares.
 
Manifestante ferido é socorrido por colegas após confrontos com as forças de segurança nos arredores da Praça Ramses, no Cairo (Foto: AP Photo/Hassan Ammar)
Partidários de Morsi participam de manifestação em Suez, no nordeste do Egito (Foto: EFE/Ghanim Maro)
Partidários do presidente deposto Mohamed Morsi protestam contra atual governo do Egito pelas ruas do Cairo nesta "Sexta-feira da Ira" (Foto: AP Photo/Thomas Hartwell)
Homem se desespera ao ver corpo de parente estendido no chão de mesquita no Cairo, capital do Egito.  Na quarta-feira (14), operação policial para dispersar manifestantes partidários do presidente deposto Mohamed Morsi de acampamentos mataram pelo menos 5 (Foto: AP Photo/Khalil Hamra)
Familiares lamentam a morte de entes queridos mortos durante operação policial que destruiu acampamentos da Irmandade Muçulmana no Cairo, Egito. Ao menos 525 partidários do presidente deposto Mohamed Morsi morreram durante o conflito, na quarta-feira (14) (Foto: AP Photo/Khalil Hamra)


fonte: revista epoca
 

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