
Liderando o ranking dos bairros com melhor infraestrutura domiciliar da Capital está o Bom Futuro (próximo ao Montese), em seguida, Cidade 2000, Conjunto Ceará I, Meireles, Cocó, Praia de Iracema, Bairro de Fátima, Estância (Dionísio Torres), Damas e Varjota. Com os dez piores índices, estão: Manuel Dias Branco (próximo à Cidade 2000), Sabiaguaba, Pirambu, Pedras (próximo ao Conjunto Palmeiras), Parque Presidente Vargas, Arraial Moura Brasil, Praia do Futuro II, Siqueira, Praia do Futuro I e Ancuri.
A pesquisa leva em conta indicadores relacionados à proporção de domicílios ligados à rede geral de água, existência de banheiro exclusivo, esgotamento sanitário adequado, presença de energia elétrica e coleta de lixo realizada por serviço de limpeza. Foi gerado, também, um Índice Sintético de Condições Domiciliares (ICD), visando identificar quais bairros têm as melhores e piores condições, levando-se em consideração a análise conjunta dos cinco indicadores.
Coleta de lixo
Em relação à coleta de lixo, a pesquisa aponta que Fortaleza caminha para a universalização, com 98,75% das residências com coleta realizada por empresa de serviço de limpeza. Três bairros tiveram percentuais abaixo de 90%: Manuel Dias Branco (87,33%), Pedras (79,46%) e Sabiaguaba (78,18%).
Na Capital, 93,31% das residências estão ligadas à rede geral de água. No entanto, em alguns bairros, essa proporção foi abaixo de 80%, a exemplo da Vila Velha (77,36%), Sabiaguaba (66,84%) e Jardim Guanabara (55,84%). O dado mais positivos que a pesquisa traz é no quesito fornecimento de energia elétrica, no qual o Ceará caminha para a universalização. Em todo o Estado, 98,94% das residências possuem abastecimento de energia. Na Capital, essa proporção é ainda maior (99,70%).
Avaliando as residências com existência de banheiro de uso exclusivo, o Ceará apresentou uma média de 84,38%, enquanto Fortaleza 98,60%. O único bairro com média abaixo de 90% é o Manuel Dias Branco.
Menos de 60% das casas da cidade estão ligadas à rede geral de esgoto. No Ceará, 32,76% apresentavam esse serviço em 2010, enquanto em Fortaleza 59,56%. Chama atenção a desigualdade na oferta deste serviço. Enquanto a Cidade 2000, Conjunto Ceará I, Meireles, Bom Futuro e Parreão possuem mais de 98% dos domicílios ligados a rede geral de esgoto, o Parque Santa Rosa, Parque Manibura, Curió, Parque Presidente Vargas e Pedras têm menos de 5%.
Em nota, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) diz que não teve acesso ao estudo, mas informa que o índice de cobertura de abastecimento é de 98,47% e o de esgotamento sanitário é 53,63%.
A professora do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e coordenadora do Observatório das Metrópoles, Clélia Lustosa, destaca que, nos anos 1990, com a implantação do projeto Sanear I e II, ocorreu uma ampliação da rede de esgoto para 60%. No entanto, afirma que a cidade cresceu descontroladamente para áreas sem esta infraestrutura, regiões de ocupação e favelas.
Nos conjuntos habitacionais, espaços planejados, como Conjunto Ceará, José Walter, Cidade 2000 e Conjunto Palmeiras, as estações de tratamento de esgoto foram construídas quando nasceram os bairros. "O Estado tem que investir na rede de esgoto, levando em conta a densidade populacional", frisa.
LUANA LIMAREPÓRTER
fonte: diario do nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário